quarta-feira, 4 de maio de 2011

Croatã

Foi um final emocionante! Apresentar Croatã no "VI Visões Urbanas - festival internacional de dança em paisagens urbanas" foi uma experiência e tanto. Um dos principais objetivos dos encontros do Levante era justamente experimentar um corpo que dança sem dançar em meio às pessoas, aparecendo e desaparecendo, deixando rastros de um corpo que estava presente há poucos minutos atrás e que aparecia sempre do mesmo modo, mas de alguma forma de modo sempre diferente. O presente que o festival nos deu foi o desafio de apresentarmos Croatã em meio à muitas pessoas, de tal forma que hora as envolviamos, sem que elas precisassem abrir caminhos ou formar uma plateia formal. Croatã aconteceu do começo ao fim em meio às pessoas que assistiam ao festival e que depois de tantas apresentações distribuidas pelo parque Mario Covas inteiro já haviam entendido o espírito dos trabalhaos apresentados.
Criar na e para a rua não é fácil. Poluição, imprevistos de toda ordem, dias em que está frio, ou sol demais, ou chove. È preciso uma outra ordem de disposição e flexibilidade. Não dá para reproduzir na rua esquemas de raciocinio de uma sala de ensaios ou de aula. Por outro lado, existem requisitos que são eternos e bem vindos a todo processo criativo: generosidade, audácia, deixar o medo de lado, se defrontar com suas dificuldades e saber que o trabalho é coletivo, onde um vai levando o outro até todos chegarem juntos.
O primeiro encontro com o Levante nos deu muitas pistas para o segundo que deverá chegar em breve.Obrigada às pioneiras do Levante!
mirtes

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