quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ah! Um Blues

É só o Levante chegar em algum lugar e tudo parece conspirar para que o tempo pare.
Instalar bolhas de tempos lentos sem sequer se mover. Apenas levar as mãos a tocar as arvores. Existir. Permanecer.
Depois ganhar as alamedas e sentir o chão embaixo dos pés até que o chão se torne macio e possamos dançar.
Ah- um blues. O que faz um blues numa manhã de quarta enquanto os carros passam indo não sei pra onde, enquanto as pessoas mais velhas passeiam no parque e os moradores de rua (sempre eles) se juntam a nós.
Aposto que ainda estamos lá. E estaremos lá amanhã também e depois e depois.
Que bom
mirtes

2 comentários:

  1. Cada vez mais sinto que o grupo permanece. Que há um ganho de corpo. Só paramos de tocar o blues, porque esta mesma rua que nos inspira também nos chama para outras pisadas. Concordo, ainda estamos lá.

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  2. O blues não era da Piedade, como o de Cazuza, mas me pareceu trazer piedade, a nós, ao nosso corpo cotidiano e à nossa tão almada cidade.
    Deixar o corpo parar, respirar, sentir...folhas ao vento! Deixar o corpo dançar, dançar...

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