quinta-feira, 17 de março de 2011

Croatã

Estamos num espaço que não se define facilmente, apesar de ser um parque, ou assim ter sido batizado. Cravado em plena Av Paulista, mais se assemelha a uma zona autônoma, um espaço paralelo em meio a tantos prédios. Grades parecem não serem suficientes para delimitar parque de rua, uma vez que a rua por onde carros param para esperar o abre e fecha do semáforo, suga a energia do lugar para fora. Não é para as árvores que nosso olhar se dirige, mas para os veículos que passam, pois seus ocupantes, atônitos, nos olham com intensidade, estranhamento e quem sabe, um sorriso no canto da boca pra disfarçar a curiosidade.
Por um tempo ali será Croatã. Onde o tempo passa  lento e os indios de olhos cinzentos dançam!
Mirtes

3 comentários:

  1. Adorei a imagem dos indios de olhos cinzentos que dançam...em meio ao concreto da cidade e ao verde da floresta. Que bom estar vivendo isso com vocês.

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  2. Mirtes, comecei a ler TAZ e estou achando maravilhoso e sinto que nossa improvisação no parque faz todo o sentido do mundo! Obrigado pela oportunidade de poder ler esse ensaio, fazer parte desse projeto do Levante. Até sonhei com vcs e senti saudades... Espero que seja logo quarta-feira. Um beijo com muito carinho à todos! Obs.: diz pra Bárbara que adorei o depoimento que ela deu sobre sua entrada no grupo.

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  3. Excelente danza la de hoy... Parabéns!!! Sentí que se despertaron mis sentidos para que mi cuerpo crea en danzar y al mismo tiempo en la observación de lo cotidiano...

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